A Viagem de Chihiro é um longa-metragem do Studio Ghibli de 2001, escrito e dirigido por Hayao Miyazaki, e vencedor do Oscar de Melhor Animação.
Miyazaki escreveu o roteiro após decidir que a história seria baseada na filha de seu amigo Seiji Okuda, produtor associado do filme, que tinha dez anos na época; a garota fazia visitas frequentes à casa do diretor todo verão. Na época, ele estava a trabalhar em dois projetos diferentes, mas ambos foram rejeitados em favor do longa.
Dados Técnicos
Sinopse
Chihiro é uma garota de 10 anos que descobre um mundo secreto de espíritos estranhos, criaturas e feitiçaria. Quando seus pais são misteriosamente transformados, ela deve recorrer à coragem que nunca soube que tinha para se libertar e devolver sua família ao mundo exterior.
Informações extras:
No Brasil o filme estreou nos cinemas e foi posteriormente lançado em DVD pela Europa filmes com dublagem e legendas em português. Atualmente está disponível junto a outros 20 filmes do Studio Ghibli na plataforma de streaming da Netflix.
Produção, crítica e prêmios
A produção de A Viagem de Chihiro começou em 2000, com um orçamento de 1,9 bilhões de ienes. A décima-terceira produção do Studio Ghibli — e a sétima realizada por Miyazaki dentro do estúdio — chegou aos cinemas japoneses em 20 de julho de 2001, pela distribuidora Toho.
Tornou-se então a produção mais bem sucedida da história do cinema japonês, conquistando mais de 347 milhões de dólares mundialmente; no seu país de origem, o filme desbancou Titanic como a maior bilheteria de todos o tempos, com um total de 30,8 bilhões de ienes.
Aclamada pela crítica internacional, a obra é frequentemente citada como uma das melhores da década de 2000 e uma das melhores animações de todos os tempos. O filme foi vencedor do Oscar de Melhor Filme de Animação em 2003, tornando-o o primeiro (e único) filme desenhado a mão e que não tenha o inglês como língua original a vencer essa categoria. Apesar disso, Hayao Miyazaki recusou-se a comparecer à cerimônia do Oscar 2003 em Los Angeles, em protesto contra o envolvimento dos Estados Unidos na então recém iniciada Guerra do Iraque.
Foi, também, co-vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2002, dividindo o prêmio com Domingo Sangrento, e se encontra entre os dez mais votados da lista de filmes que deveriam ser assistidos até os quatorze anos, compilada pelo British Film Institute.
Em 2016, foi eleito o quarto melhor filme do século XXI por 177 analistas de cinema ao redor do mundo, ouvidos pela BBC, sendo a animação melhor posicionada na lista.
No ano seguinte foi, ainda, selecionado como o segundo melhor filme do século XXI até então, pelo jornal The New York Times.