Sobre
Contos de Terramar é um filme japonês de animação dirigido por Goro Miyazaki e produzido pelo Studio Ghibli em 2006.
O filme foi baseado nos quatro primeiros livros da franquia Terramar, escritos pela autora Ursula K. Le Guin, que são: O Feiticeiro de Terramar, As Tumbas de Atuan, A Praia Mais Longínqua e Tehanu: o Nome da Estrela. O título do filme surgiu da coleção de histórias curtas, Tales from Earthsea, publicada em 2001.
Dados Técnicos
| Gedo Senki Contos de Terramar  Japão2006 • cor • 115 min |
|
|---|---|
| Direção | Goro Miyazaki |
| Produção | Toshio Suzuki Tomohiko Ishii |
| Roteiro | Goro Miyazaki Keiko Niwa |
| Baseado em | Série Terramar, de Ursula K. Le Guin |
| Elenco | Bunta Sugawara Junichi Okada Aoi Teshima Yuko Tanaka |
| Gênero | fantasia |
| Música | Tamiya Terashima |
| Cinematografia | Hidenori Shibahara Atsushi Tamura Junji Yabuta |
| Direção de arte | Yoji Takeshige |
| Edição | Takeshi Seyama |
| Companhia(s) produtora(s) | Studio Ghibli |
| Distribuição | Toho |
| Lançamento | 29 de julho de 2006 |
| Idioma | japonês |
| Receita | US$ 68,7 milhões |
Sinopse
Algo estranho caminha sobre a terra. O reino está se deteriorando. Pessoas estão começando a agir diferente e a ver dragões, que não deveriam entrar no mundo dos humanos. Diante desses estranhos eventos, Ged, um poderoso arquimago, está investigando a causa. Durante sua jornada, ele conhece o Príncipe Arren, um adolescente perturbado. Enquanto Arren parece apenas um garoto tímido, ele tem um grave lado negro, que lhe concede força, um ódio implacável e que não tem misericórdia, principalmente quando se trata de proteger Theru, uma garota órfã. Para os oportunistas essa é uma ocasião perfeita, e o bruxo Cob decide usar Theru como isca contra Arren, e somente Ged poderá ajudá-lo a superar seus medos e salvar Theru.
Informações extras:
No Brasil, a Downtown adquiriu os direitos, mas não chegou a lançar Contos de Terramar nem no cinema ou em DVD. Contudo, o filme chegou a ter algumas exibições não oficiais no país.
Atualmente está disponível junto a mais outros 20 filmes do Studio Ghibli na plataforma de streaming Netflix.
Produção
Este filme do Studio Ghibli foi a primeira adaptação em anime da franquia Terramar. No passado, muitos diretores, incluindo Hayao Miyazaki, tinham tentado adaptar o Ciclo de Terramar para o cinema, mas foram reprovados pela própria autora. Quando Le Guin ouviu pela primeira vez sobre o interesse de Miyazaki em adaptar seu trabalho, ela não tinha visto nenhum de seus filmes e associava animação com as produções da Disney, e acabou recusando seu pedido.
Em 2003, depois de ganhar um Oscar pelo filme A Viagem de Chihiro, Hayao Miyazaki recebeu a aprovação de Le Guin, mas estava ocupado dirigindo O Castelo Animado. Toshio Suzuki decidiu que o filho de Hayao, Goro Miyazaki, que estava aconselhando sobre o filme, devia ser o diretor, mesmo nunca tendo ocupado esse cargo anteriormente. Hayao estava insatisfeito com a decisão, achando que Goro não tinha a experiência necessária. Eles supostamente não falavam um com o outro durante a produção do filme, no entanto Hayao reconheceu o trabalho de seu filho após a sua primeira prévia.
Alguns acham que uma parte importante do enredo foi adaptada do romance gráfico Shuna no Tabi (A Viagem de Shuna), de Hayao Miyazaki, com muitas referências diretas. Le Guin, que se tornou uma fã devota do trabalho de Hayao Miyazaki, desejou que ele dirigisse o filme e ficou desapontada com a seleção de Goro como diretor, mas o Studio Ghibli disse que Hayao iria supervisionar a produção do filme.
A autora, no entanto, ficou desapontada com o resultado final, dizendo “Não, não é meu livro. É o seu filme. É um bom filme”.
Trilha Sonora
A trilha sonora de Contos de Terramar foi composta e gerenciada por Tamiya Terashima, lançada pela Tokuma Japan Communications e Studio Ghibli Records em 12 de julho de 2006. Carlos Núñez foi um dos principais colaboradores, contribuindo com sua ocarina, apito e gaita galega (gaita de fole) em 11 das 21 faixas. A cantora Aoi Teshima (que faz a voz de Theru) cantou em duas das faixas. Um álbum seguinte, “Melodies from Gedo Senki”, foi lançado em 17 de janeiro de 2007 e incluía faixas inéditas de Gedo Senki OST, além de novas faixas de Núñez.
Repercussão
O filme alcançou o primeiro lugar nas bilheterias japonesas na sua semana de estreia, com um valor bruto de mais de 900 milhões de ienes, ou 7,7 milhões de dólares, levando Piratas do Caribe: O Baú da Morte ao segundo lugar, e se tornou o filme número um no país por cinco semanas.
A recepção crítica no Japão foi positiva, mas recebeu críticas mistas ao compará-lo com outros filmes do Studio Ghibli. Ainda assim, Contos de Terramar foi indicado em 2007 ao Prêmio da Academia de Animação do Ano do Japão e selecionado na seção Fora da competição no 63º Festival de Cinema de Veneza.
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