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Sobre

Goshu: O Violoncelista, é um filme de animação japonês de 1982 dirigido por Isao Takahata e baseado em uma história de Kenji Miyazawa.

O filme foi feito como um projeto independente pelo estúdio de animação japonês Oh! Production, e levou seis anos para ser concluído. Apesar da dificuldade de transformar uma história do autor em filme, Goshu foi altamente aclamado e é considerado um dos melhores filmes de baseados nas obras de Miyazawa. A história, ambientada na cidade natal do autor na década de 1920, é sobre um violoncelista diligente, porém medíocre, chamado Goshu, que é um jovem membro da orquestra da cidade. Repreendido por seu maestro durante o ensaio, Goshu pratica até altas horas da noite e é auxiliado em seus estudos pelos animais que se reúnem para ouvir sua música.

Dados Técnicos

Sero hiki no Goshu
Goshu: O Violoncelista

Japão

1982 •  cor •  63 min

Direção Isao Takahata
Produtor executivo Koichi Murata
Roteiro Isao Takahata
Baseado em Sero hiki no Goshu,
de Kenji Miyazawa
Elenco Hideki Sasaki
Masashi Amenomori
Fuyumi Shiraishi
Kaneto Kimotsuki
Keiko Yokozawa
Akiko Takamura
Gênero drama
Música Michio Mamiya
Design de personagem Shunji Saida
Direção de arte Takamura Mukuo
Diretor de animação Shunji Saida
Companhia(s) produtora(s) Oh! Production
Lançamento 23 de janeiro de 1982
Idioma japonês

Sinopse

Goshu é um jovem que vive em uma pequena casa fora da cidade e toca violoncelo na orquestra local. Infelizmente, a apresentação de Goshu está decepcionando o resto da orquestra e o maestro está ficando sem paciência com ele. Nas próximas noites, no entanto, Goshu é visitado em sua casa por uma série de animais com pedidos musicais para ele – um gato, um pássaro, um cachorro-guaxinim e um rato – para grande aborrecimento de Goshu. O que Goshu não percebe é que essas tarefas e encontros o estão ensinando a superar as falhas de sua peça nos últimos dias antes do grande show.

Informações extras:

O autor do livro que baseou o Goshu: O Violoncelista, é um dos poetas/contadores de histórias mais amados do Japão (Hayao Miyazaki e Isao Takahata amam seus trabalhos e foram influenciados por ele).

Michio Mamiya, que compôs a trilha sonora para este filme, compôs também as músicas para outras obras de Isao Takahata, como Horus: O Príncipe do Sol (1968) e de seu trabalho já para o Studio Ghibli, Túmulo dos Vagalumes (1988).

Por ser um filme da fase pré-Ghibli (antes da fundação do estúdio), infelizmente não está entre as animações disponíveis na plataforma de streaming da Netflix.

Produção

Em 1982, o romance foi adaptado para animação pelo estúdio japonês Oh! Production. Foi dirigido e escrito para o cinema por Isao Takahata, que mais tarde cofundou o Studio Ghibli com Hayao Miyazaki. Koichi Murata foi o produtor executivo.

O animador Shunji Saida, teve aulas de violoncelo para que ele pudesse capturar com precisão os movimentos dos dedos. O filme 63 minutos foi aclamado como uma das melhores adaptações cinematográficas de obras de Miyazawa.

Feito com um orçamento limitado e uma equipe reduzida, as vezes trabalhando voluntariamente, o estúdio Oh! Production, que até então realizava apenas pequenas produções, queria, na época, ganhar notoriedade com trabalhos maiores, dando aos animadores carta branca. Foram necessários seis anos para produzir o filme.

A produção teve início em 1975 com uma equipe de trinta pessoas. Na época, o filme deveria ser uma colaboração entre Isao Takahata e Hayao Miyazaki, mas este recusou a proposta, acreditando que apenas um diretor seria necessário. Em 1976 e 1977, a produção do filme parou pontualmente quando Takahata teve que fazer séries de animação para televisão, como Heidi e Marco. Foi nessa época que o compositor Michio Mamiya gravou a música do filme.

Em 1978, foi decidido que todos os detalhes e cenários do filme seriam feitos na forma de uma pintura, a fim de preservar as nuances de cores no conto de Miyazawa. A tarefa foi confiada a Takamura Mukuo.

Em 2006, o Studio Ghibli e a Buena Vista Home Entertainment lançaram o filme em DVD no 110º aniversário de Miyazawa. Na mesma data, o Studio Ghibli lançou sua adaptação de Taneyamagahara no Yoru, de Kenji Miyazawa. O curta é conhecido pelo título em português A Noite no Taneyamagahara, dirigido por Kazuo Oga.

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