Sobre
O Conto da Princesa Kaguya é um filme de animação japonês de 2013, com roteiro e direção de Isao Takahata, baseado no conto literário anônimo O Conto do Cortador de Bambu e produzido pelo Studio Ghibli.
Foi inicialmente anunciado para ser lançado simultaneamente com Vidas ao Vento, outro filme Ghibli de Hayao Miyazaki, no verão de 2013, no Japão. Esse feito teria marcado a primeira vez que os trabalhos dos dois diretores seriam lançados juntos desde Meu Amigo Totoro e Túmulo dos Vagalumes, ambos de 1988. No entanto, em fevereiro de 2013, a distribuidora Toho anunciou que o lançamento de ‘Princesa Kaguya’ seria adiado para o outono de 2013, alegando preocupações de que os storyboards ainda não estivessem concluídos.
Dados Técnicos
Kaguya-hime no Monogatari O Conto da Princesa Kaguya Japão 2013 • cor • 137 min |
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Direção | Isao Takahata |
Produção | Yoshiaki Nishimura Seiichiro Ujiie |
Roteiro | Isao Takahata Riko Sakaguchi |
História | Isao Takahata |
Baseado em | Taketori Monogatari |
Elenco | Aki Asakura Kengo Kora Takeo Chii Nobuko Miyamoto |
Gênero | fantasia drama |
Música | Joe Hisaishi |
Cinematografia | Keisuke Nakamura |
Direção de arte | Kazuo Oga |
Edição | Toshihiko Kojima |
Companhia(s) produtora(s) | Studio Ghibli |
Distribuição | Toho |
Lançamento | 23 de nov. de 2013 16 de julho de 2015 |
Idioma | japonês |
Orçamento | ¥ 5 bilhões |
Receita | US$ 24,3 milhões |
Sinopse
Esta animação é baseada no popular conto japonês “O Conto do Cortador de Bambu”. Kaguya era um minúsculo bebê quando foi encontrada dentro de um tronco de bambu brilhante. Passado o tempo, ela se transforma em uma bela jovem que passa a ser cobiçada por 5 nobres, dentre eles, o próprio Imperador. Mas nenhum deles é o que ela realmente quer. A moça envia seus pretendentes em tarefas aparentemente impossíveis para tentar evitar o casamento com um estranho que não ama. Mas Kaguya terá que enfrentar seu destino e punição por suas escolhas.
Informações extras:
O Conto da Princesa Kaguya marca o fim da carreira de Isao Takahata, sendo seu último filme dirigido antes do seu falecimento, em 2018.
No Brasil, o filme estreou nos cinemas em 16 de julho de 2015, chegando posteriormente a ser lançado em DVD e Bluray pela Califórnia Filmes com dublagem e legendas em português.
Atualmente está disponível junto a mais outros 20 filmes do Studio Ghibli na plataforma de streaming Netflix.
Produção
Quando criança, Isao Takahata leu O Conto do Cortador de Bambu. Ele lembrou que lutava para se relacionar e simpatizar com a protagonista; para ele, a “transformação da heroína foi enigmática” e que “não provocou nenhuma empatia dele”. Em 1960, Takahata estava se preparando para uma possível adaptação do conto quando trabalhava na Toei Animation, que acabou sendo abandonada. Depois de reler o conto, ele percebeu que a história tinha o potencial de ser interessante, desde que uma adaptação permitisse ao público entender como a princesa Kaguya se sentia.
O Studio Ghibli revelou em 2008 que Isao Takahata estava trabalhando em um longa-metragem. Takahata anunciou no 62º Festival Internacional de Cinema de Locarno, em 2009, que pretendia dirigir um filme baseado em O Conto do Cortador de Bambu.
O Conto da Princesa Kaguya foi financiado pela Nippon TV, cujo falecido presidente, Seiichiro Ujiie, doou 5.000.000.000 de ienes (aproximadamente US$ 40.000.000) para o projeto. Ujiie adorou o trabalho de Takahata e pediu ao produtor do Studio Ghibli, Toshio Suzuki, que o deixasse fazer mais um filme. Ujiie morreu em 3 de março de 2011, mas não antes de conseguir ver o roteiro e alguns dos storyboards.
Para garantir que o público se conectasse emocionalmente com o filme, era importante para Takahata que os espectadores pudessem “imaginar ou recordar a realidade profunda nos desenhos”, em vez de se distrair com um estilo artístico realista. Ele queria que as pessoas “recordassem as realidades desta vida, esboçando qualidades humanas comuns com objetos simples”. Para ajudar com essa visão, Osamu Tanabe forneceu o design e a animação dos personagens, e Kazuo Oga desenhou os planos de fundo em aquarela.
O lançamento de O Conto da Princesa Kaguya foi finalmente confirmado pelo Studio Ghibli e pelo distribuidor Toho em 13 de dezembro de 2012, e seu lançamento ocorreu em 23 de novembro de 2013 no Japão.
Trilha Sonora
Em 2012, Shin-ichiro Ikebe foi anunciado como o compositor da trilha sonora do filme. No entanto, em 2013, Joe Hisaishi substituiu Ikebe. Esta foi a primeira e única vez que Hisaishi trabalhou num filme dirigido por Isao Takahata.
A música tema “When I Remember This Life” foi escrita e interpretada por Kazumi Nikaido. A música da trilha sonora original do filme foi lançada em 20 de novembro de 2013.
Recepção
Em fevereiro de 2014, O Conto da Princesa Kaguya ficou em 4º lugar entre os dez melhores de Kinema Junpo e o Reader’s Choice Awards. David Ehrlich, do The A.V. Club deu ao filme um A, considerando-o “o melhor filme de animação do ano”, acrescentando que ele “está destinado a ser lembrado como uma das melhores realizações do reverenciado Studio Ghibli”. Nicolas Rapold, do The New York Times, elogiou a obra de arte que a chamava de “requintadamente desenhada com delicadeza em aquarela e um rápido senso de linha.”
O Conto da Princesa Kaguya foi selecionado para ser exibido como parte da seção Quinzena dos Diretores do Festival de Cannes de 2014. Sua estreia na América do Norte ocorreu no Toronto International Film Festival 2014, durante o programa “Masters” do festival.
Além disso, recebeu indicação em diversas premiações, entre elas o Oscar de Melhor Animação, vencendo algumas outras ao redor do mundo, como o 68º Mainichi Film Awards, 36º Festival de Cinema de Mill Valley, 35º Prêmio Sociedade de Críticos de Cinema de Boston, o 40º Prêmio Los Angeles Film Critics Association, entre outras.