Olá pessoal!
Hoje trouxemos uma crítica de “Meu vizinho do Totoro” de um fã do Studio Ghibli!
Crítica – Meu Vizinho Totoro
Por Anderson do site Com o Smile
Estava pensando no que poderia criticar para o site quando me veio a idéia de que deveria criticar apenas o que realmente gosto, evitar ficar usando meu tempo para falar mal das coisas que não gosto. Enfim, é uma idéia simples essa, criticar apenas o que gosto no site, tão simples como Meu Vizinho Totoro(do Studio Ghibli, 1988). Deve ser a idéia mais boba e sem graça do mundo, sem grandes tramas, vilões ou batalhas. Sim, Totoro não tem nada disso, é simplesmente algo simples e é nesse simples que se esconde o fantástico.
A principio sempre usei Meu vizinho Totoro como argumento contra pessoas com idéias não muito elaboradas sobre o que torna algo uma boa história ou não. Algumas pessoas caem no clichê de achar que tudo é clichê e que por isso é ruim, ou seja, uma idéia generalizada, ai quem me conhece sabe: não sou a favor de generalizar as coisas. Ainda existem Pokémons piores que evoluíram com a idéia de que se algo além de novo não for genial então não presta – o que irrita nem é isso, é saber o que essas pessoas acham genial. Enfim, questão é que essa obra de arte se atrela exatamente nisso, não existem inovações dentro a trama e pode acabar sendo chamado de um grande clichê sentimental, mas não, Meu Vizinho Totoro está longe disso, pois consegue agarrar qualquer um e emocionar de formas incríveis simplesmente com o simples.
A história, vinda dos Studios Ghibli, o mesmo dos fantásticos A Viagem de Chihiro, o Castelo Animado, A princesa Mononoke e muitos outros, foca duas irmãs que junto ao seu pai vão para o interior do Japão enquanto a sua mãe fica internada no hospital. Pronto, basicamente é isso, só posso acrescentar que elas encontram um incrível ser chamado Totoro e a diversão e emoção vão decorrendo. Sinceramente dizer mais do que isso é covardia, pois cada detalhe, por mais bobo que seja, ao ser descoberto é mágico e estragar isso com uma sinopse maior seria algo terrível.
Toda a película é tão peculiar e com uma narrativa tão gostosa que aprendi algo, que vejo como difícil de se executar em inúmeros filmes: despertar uma sensibilidade sincera perante a narrativa e os personagens. Resumindo, além de tudo que já disse, esse é mais um filme que serve como uma pequena aula de cinema – nunca complexo, nunca muito difícil, nunca muito grandioso, mas sim sempre simples e divertido para que seja entendido por qualquer um e sentido por qualquer um, de qualquer idade ou lugar, como os saudosos filmes de Charlie Chaplin, os quais faziam gargalhadas e poças de lágrimas.
Acabo o texto sem muitas delongas, pois quero dizer logo que aqueles que nunca viram esse filme que deveriam, pois algo tão belo deve por fazer parte da vida das pessoas, pois, acredito, que coisas como essa acabam por nos deixar mais humanos, não por chavões como o de nos fazer dar simplesmente mais valor às coisas pequenas da vida, mas por nos mostrar como transformar essas coisas tão pequenas em coisas tão fantásticas, e nesse ponto que gostaria de chegar para aqueles que, de forma arrogante, acham que apenas as idéias mais originais merecem respeito, pois esse filme é prova contundente de que não é a idéia em si que vale a pena, mas toda a essência do que é contado, daí lembro a todos de que todos podem ter boas idéias, mas são poucos com talento verdadeiro para pegar a idéia mais boba do mundo e transformar em algo tão fantástico.
VIVA O SIMPLES!
Meu Vizinho Totoro (Tonari No Totoro, Studio Ghibli, 1988)
Nota: 5 Smiles de Ouro!
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