Este é seu guia completo e definitivo de todos os livros que basearam os filmes do Studio Ghibli e também da era pré-Ghibli.

Muitos podem não saber, mas vários dos filmes do Studio Ghibli são baseados em livros. Tanto Hayao Miyazaki quanto Isao Takahata e Toshio Suzuki são grandes admiradores da literatura infanto-juvenil mundial e se encantaram por muitas dessas histórias. 

Aqui reunimos todas as obras literárias que basearam o roteiro de filmes do Studio Ghibli e da era pré-Ghibli, incluindo um bônus no final. Vamos então à lista!

Nota: Os livros que não tiverem seus títulos escritos em português, é porque não tiveram suas publicações realizadas no país.

Nausicaä do Vale do Vento (1984)

Baseado no mangá de mesmo nome de autoria do próprio Hayao Miyazaki, Nausicaä do Vale do Vento foi publicado de fevereiro de 1982 a março de 1994 na revista Animage. A série original saiu pela Tokuma Shoten no Japão em 7 volumes. Os mangás chegaram a ter seu lançamento no Brasil iniciado pela editora Conrad, que cancelou no 5º volume. Contudo, foi confirmada para ser relançada pela editora JBC.

Túmulo dos Vagalumes (1988)

O filme de Isao Takahata foi baseado no conto semi-autobiográfico Hotaru no Haka, de Akiyuki Nosaka. Publicado originalmente em 1967, foi baseado na experiência do autor antes, durante e depois dos bombardeios incendiários em Kobe no ano de 1945. O conto foi primeiramente publicado na revista literária Oru-Yomimono, da editora Bungei Shunju, e no ano seguinte, foi publicado o livro pela editora Shinchosha.

O autor Akiyuki Nosaka faleceu em 2015 aos 85 anos. Nascido em 1930 em Kamakura, ex-capital imperial situada em Kanagawa, perto de Tóquio. Nosaka, além de perder duas de suas irmãs por desnutrição, perdeu seu pai adotivo nos bombardeios da II Guerra Mundial, em 1945. 

O Serviço de Entregas da Kiki (1989)

O filme de Hayao Miyazaki, O Serviço de Entregas da Kiki, é uma adaptação do livro de Eiko Kadono, chamado Majo no Takkyubin. A obra ganhou diversas sequências pela autora, publicadas de 1985 a 2017. A adaptação de Miyazaki foi feita apenas do primeiro livro, sendo que a série da autora reúne um total de 8 títulos, que são os seguintes: Majo no Takkyubin, Majo no Takkyubin 2: Kiki to Atarashii Maho, Majo no Takkyubin 3: Kiki to mo Hitori no Majo, Majo no Takkyubin 4: Kiki no Koi, Majo no Takkyubin 5: Maho no Tomarigi, Majo no Takkyubin 6: Sorezore no Tabidachi, Majo no Takkyubin Tokubetsu-hen: Kiki ni Deatta Hitobito (edição especial), Majo no Takkyubin Tokubetsu-hen 2: Kiki to Jiji (Edição especial: Kiki & Jiji).

Há cópias da edição japonesa disponíveis na biblioteca da Japan House e da Fundação Japão, ambas em São Paulo.

Memórias de Ontem (1991)

Isao Takahata adaptou seu segundo filme para o Studio Ghibli do mangá Omoide Poro Poro, de autoria de Hotaru Okamoto e desenhado por Yuko Tone. Publicado originalmente em 1987, é em sua maior parte uma história autobiográfica da infância da autora na década de 1960, no Japão. Takahata expandiu a história original para incluir a personagem como adulta, conhecendo sua identidade e seu lugar no mundo. 

Porco Rosso (1992)

Hikotei Jidai é um mangá de 15 páginas todo em aquarela, escrito e ilustrado por Hayao Miyazaki, no qual o filme de animação Porco Rosso se baseia. Foi publicado na revista mensal japonesa Model Graphix em três partes, e está presente na publicação “Hayao Miyazaki’s Daydream Data Notes”. Como outros mangás desta série, Hikotei Jidai, ou The Age of the Flying Boat, é uma manifestação da paixão de Miyazaki por aviões antigos. Está cheio de aeronaves da década de 1920 (fortemente modificadas por Miyazaki) e seus detalhes técnicos.

De acordo com informações do Ghibli Blog, em 1993, a Animerica Magazine anunciou que publicaria uma tradução para o inglês, lançada em três parcelas mensais.

Eu Posso Ouvir o Oceano (1993)

O filme de 1993 do Studio Ghibli foi baseado no livro Umi ga Kikoeru, de Saeko Himuro, publicado originalmente no Japão em 1990. A história narra a vida de um jovem do ensino médio que se apaixona por Rikako, a nova aluna transferida de Tóquio e suas recordações de uma excursão escolar.

Sussurros do Coração (1995)

Sussurros do Coração, a simpática animação dirigida por Yoshifumi Kondo é baseada no mangá Mimi wo sumaseba, de Aoi Hiiragi, publicado no Japão em 1989. A história é sobre Tsukishima Shizuku, uma garota do sétimo ano do fundamental que adora ler e que percebe que todos os livros que pega na biblioteca já foram lidos por alguém chamado Seiji Amasawa. Sem conhecer seu rosto, Shizuku tenta imaginar como seria essa pessoa.

O mangá possui uma continuação chamada Mimi wo sumaseba: Shiawasena Jikan, publicada em 1995.

Meus Vizinhos os Yamadas (1999)

Em julho de 1999, o Studio Ghibli lançou Meus Vizinhos os Yamadas, um filme baseado nos mangás Nono-chan. Nono-chan é uma série de tirinhas de mangá iniciada em 1991 por Hisaichi Ishii, que foi originalmente serializada com o nome Tonari no Yamada-kun (A Família Yamada) no jornal Asahi Shimbun, no Japão. Quando a série começou, ela geralmente era focada em todos os membros da família Yamada. À medida que a série avançava, a filha (Nonoko, ou “Nono-chan”) se tornou o personagem mais popular entre os leitores e mais tiras foram focadas nela e em seu ponto de vista. Em 1997, o título da série foi alterado para refletir essa mudança de foco. 

Após o filme do Studio Ghibli, do período de 2001 a 2002 foi criada uma série de televisão animada de 61 episódios baseada no mangá e exibida na rede de TV Asahi no Japão.

O Reino dos Gatos (2002)

O filme do Studio Ghibli dirigido por Hiroyuki Morita foi baseado no mangá de Aoi Hiiragi (a mesma autora do mangá que inspirou Sussurros do Coração) chamado Neko no Danshaku, Baron de 2002, publicado pela Tokuma Shoten.

O mangá é curiosamente datado do mesmo ano do filme, pois inicialmente foi encomendada a história à Aoi Hiiragi pelo próprio estúdio japonês, devido ao “Projeto Gato”, um curta-metragem encomendado por um parque temático, que acabou cancelando o projeto. Para não desperdiçar o material, Hiroyuki Morita criou o filme em cima da história de Hiiragi. O mangá foi lançado em inglês pela VIZ com o nome Baron: The Cat Returns.

O Castelo Animado (2004)

Um dos filmes mais aclamados do Studio Ghibli, O Castelo Animado, é a animação dirigida por Hayao Miyazaki baseada no livro de mesmo nome. Publicado originalmente em 1986, a autora é a britânica Diana Wynne Jones. O livro ganhou vários prêmios por todo o mundo, sendo adaptado pelo Studio Ghibli em 2004. O Castelo Animado forma uma série de 3 livros, sendo estes: O Castelo Animado (1986), O Castelo no Ar (1990) e A Casa dos Muitos Caminhos (2008). O livro mergulha fundo em seus personagens para encontrar compaixão e humanidade nos corações de todos eles.

A autora Diana Wynne Jones veio a falecer em 26 de março de 2011.

Contos de Terramar (2006)

O primeiro filme dirigido por Goro Miyazaki para o Studio Ghibli, o controverso Contos de Terramar, foi baseado nos livros de fantasia da autora americana Ursula K. Le Guinn. 

O Ciclo Terramar é uma série de livros que descreve Terramar, um vasto arquipélago cercado por um oceano desconhecido. Existem seis títulos escritos entre 1968 e 2001, começando com O Feiticeiro de Terramar (1968) e continuando com As Tumbas de Atuan (1971), A Praia mais Longínqua (1972), Tehanu: O Nome da Estrela (1990) e Num Vento Diferente (2001).

O filme de Goro Miyazaki traz uma mistura do universo de Terramar da Ursula, com o livro Shuna no Tabi, de Hayao Miyazaki, publicado originalmente em 1987. Shuna no Tabi (A Viagem de Shuna, em tradução livre) trata-se de um livro ilustrado e escrito de uma forma poética pelo próprio Hayao Miyazaki. Essa obra possui referências que permearam vários de seus trabalhos posteriores.

Do Ciclo Terramar, o livro que foi mais referenciado no filme é O Feiticeiro de Terramar. Ursula se manifestou na época que não gostou do filme. Segundo ela “é um bom filme, mas não é meu livro”.

A Noite do Taneyamagahara (2006)

Este curta metragem de 27 minutos é uma animação do Studio Ghibli de 2006, dirigida pelo artista Kazuo Oga. Foi baseado no conto Taneyamagahara no Yoru, de Kenji Miyazawa.

Não encontramos nenhuma informação sobre o conto, especificamente. Já no filme, é retratado o cotidiano dos agricultores das montanhas e suas lutas para seguir em frente, aprofundando sua compreensão da natureza e do mundo em que vivem, ao encontrar figuras e aparências misteriosas que podem mudar sua perspectiva sobre tudo o que já experimentaram.

O Mundo dos Pequeninos (2010)

A estreia na direção de Hiromasa Yonebayashi no Studio Ghibli foi com o filme O Mundo dos Pequeninos, de 2010. Baseado em Os Pequeninos Borrowers, o livro é um romance de fantasia infantil da autora inglesa Mary Norton (1903 – 1992), publicado pela editora Dent em 1952. Apresenta uma família de pessoas minúsculas que vivem secretamente nas paredes e pisos de uma casa inglesa e “emprestam” coisas das pessoas grandes para sobreviver. O livro foi publicado no Brasil em 2011 pela editora Martins Fontes.

Da Colina Kokuriko (2011)

O segundo filme de Goro Miyazaki para o Studio Ghibli é o carismático Da Colina Kokuriko. Baseado nos mangás Kokuriko-zaka kara, de Tetsuro Sayama e Chizuru Takahashi, a história foi serializada pela editora Kodansha de 1979 a 1980 na revista de mangá shojo Nakayoshi e, posteriormente, impresso em 2 volumes.

Vidas ao Vento (2013)

O último longa-metragem de Hayao Miyazaki até o momento, teve referências mescladas. Uma delas foi o mangá de sua autoria, Kaze Tachinu, serializado na revista japonesa Model Graphix em 2009.

A história do mangá é, por sua vez, vagamente baseada no romance de mesmo nome escrito por Tatsuo Hori (1904-1953), escritor e poeta japonês que atuou principalmente no início do período Showa. Hori escreveu vários romances e poemas, em sua maioria abordando melancolicamente o tema da morte num reflexo da luta que o autor teve a maior parte de sua vida contra a tuberculose. Kaze Tachinu foi escrito entre 1936 e 1937. 

Outra referência foi a biografia de Jiro Horikoshi, o engenheiro aeronáutico japonês, projetista chefe do Mitsubishi A6M Zero, o avião caça japonês da II Guerra Mundial, não havendo um livro específico. 

O Conto da Princesa Kaguya (2013)

O filme que encerra de forma brilhante a carreira de Isao Takahata, O Conto da Princesa Kaguya, é baseado no antigo conto Taketori Monogatari. Datado do século X, é um famoso conto do folclore japonês. É considerada a mais antiga narrativa em prosa japonesa existente.

O conto também é conhecido como Kaguya-hime no Monogatari (O Conto da Princesa Kaguya). Ele detalha principalmente a vida de uma garota misteriosa chamada Kaguya, que foi descoberta quando bebê dentro do caule de uma planta de bambu brilhante.

As Memórias de Marnie (2014)

O segundo filme de Hiromasa Yonebayashi para o Studio Ghibli, As Memórias de Marnie, foi baseado no romance da autora britânica Joan G. Robinson (1910 – 1988), publicado pela primeira vez em 1967. A história segue Anna, uma jovem garota que se muda temporariamente para Norfolk para curar-se depois de ficar doente. Lá, ela conhece uma garota misteriosa chamada Marnie, que vive em uma casa com vista para os pântanos.

Ronja, A Filha do Ladrão (2014)

Lançada em 2014, Sanzoku no Musume Ronja (título original em japonês) é uma série dirigida por Goro Miyazaki, animada pela Polygon Pictures e coproduzida pelo Studio Ghibli. 

A história é baseada no livro Ronia: A Filha do Bandoleiro, da autora sueca Astrid Lindgren (1907 – 2002). ‘Ronia’ é um livro de fantasia infantil, publicado pela primeira vez em 1981. O livro foi adaptado diversas vezes e já foi traduzido para, pelo menos, 39 idiomas.

Como Vocês Vivem? (Ainda não lançado)

Esta é uma produção ainda em andamento do Studio Ghibli, sem previsão de lançamento. O filme Kimi-tachi wa Dou Ikiru (Como Vocês Vivem? – em tradução livre), que está sob a direção de Hayao Miyazaki – e que o tirou de sua aposentadoria – é uma adaptação do livro de mesmo nome de Yoshino Genzaburo (1899 – 1981), publicado originalmente em 1937. 

Conta a história de Kopero e seu tio partindo da pergunta primordial “o que é importante para o ser humano?”. A história também foi adaptada para mangá por Shoichi Haga, sendo uma das obras mais vendidas de 2018 no Japão.

Filmes Pré-Ghibli 

São consideradas “pré-ghibli” aquelas obras (série, curta-metragens ou longas) dirigidas tanto por Isao Takahata quanto por Hayao Miyazaki antes da fundação do Studio Ghibli, em 1985.

Nota: O filme Nausicaä do Vale do Vento foi incluído aqui como um filme Ghibli pois o estúdio adquiriu os direitos da obra posteriormente.

As Aventuras de Panda e seus Amigos (1972-1973)

As Aventuras de Panda e seus Amigos é uma sequência de 2 curtas-metragens idealizados por Hayao Miyazaki e dirigidos por Isao Takahata, chamados: Panda Kopanda (1972) e Espetáculo na Chuva (1973). A protagonista de ambas as histórias é Mimiko, inspirada diretamente em Pippi Meialonga.

Pippi Meialonga é a personagem principal de uma série homônima de livros infantis da autora sueca Astrid Lindgren. O primeiro livro, publicado em 1945, conta a história de uma menina que morava sozinha numa casa velha de uma cidade muito pequena. Não tinha pai nem mãe, pois sua mãe era falecida, e seu pai era marinheiro e vivia numa ilha dos Mares do Sul. 

Em 1971, Isao Takahata, Hayao Miyazaki e Yasuo Otsuka viajaram para a Suécia para pedir permissão a Lindgren para criar uma série inspirada no livro da autora, que recusou. Após isso, o projeto foi reformulado, porém com referências nítidas à personagem e sua personalidade.

O Castelo de Cagliostro (1979)

O primeiro filme dirigido por Hayao Miyazaki em sua carreira de animador foi O Castelo de Cagliostro, no fim da década de 1970. O personagem principal do filme, Lupin III, é o protagonista do mangá Rupan Sensei (Lupin III), de Monkey Punch. Lupin III estreou em 10 de agosto de 1967 na primeira edição da revista Weekly Manga Action. Tornou-se uma franquia extremamente popular e bem-sucedida.

O personagem do mangá de Monkey Punch, por sua vez, foi criado como sendo neto do personagem Arsène Lupin do romancista e escritor de contos francês Maurice Leblanc (1864 – 1941). O filme de Miyazaki foi vagamente inspirado no livro de Leblanc A Condessa de Cagliostro, de 1924. 

O mangaká japonês Monkey Punch faleceu em 11 de abril de 2019, aos 81 anos.

Chie: A Pirralha (1981)

Essa pérola da carreira de Isao Takahata, antes da fundação do Studio Ghibli, foi inspirada na série de mangás Jarinko Chie, escrita e ilustrada por Etsumi Haruki. Foi serializado pela editora japonesa Futabasha na revista Weekly Manga Action, entre 1978 e 1997, e coletado em 67 volumes encadernados, tornando-se o 45º mangá mais longo lançado. Em 1981, o mangá de Haruki levou o prêmio Shogakukan Manga Award.

Goshu: O Violoncelista (1982)

Esta é outra obra pré-Ghibli de Isao Takahata que também teve base em obras literárias. Goshu: O Violoncelista, também transliterado Gorsch o violoncelista ou Gauche o violoncelista, é uma curta história escrita por Kenji Miyazawa (1896 – 1933). Miyazawa foi um poeta e autor japonês de literatura infantil no final da era Taisho e início da era Showa. 

Algumas de suas principais obras incluem Sero Hiki no Goshu (Gauche, o Violoncelista) e Taneyamagahara no Yoru (que baseou também um curta-metragem do Studio Ghibli de mesmo nome, conhecido em português como A Noite de Taneyamagahara).

Séries Pré-Ghibli

Heidi (1974)

Esta é uma das séries animadas dirigida por Isao Takahata da fase pré-Ghibli. A história é baseada no livro Heidi, de Johanna Spyri.

Heidi é uma obra de ficção infantil publicada em 1881 pela autora suíça Johanna Spyri (1827 – 1901), originalmente lançada em duas partes. É um romance sobre os acontecimentos na vida de uma jovem garota sob os cuidados de seu avô paterno nos Alpes suíços. Foi escrito como um livro “para crianças e aqueles que amam crianças” (como citado em seu subtítulo).

Heidi é um dos livros mais vendidos já escritos e está entre as obras mais conhecidas da literatura suíça.

Conan – O Rapaz do Futuro (1978)

A série animada de 1978, dirigida por Hayao Miyazaki antes da fundação do Studio Ghibli, foi baseada na obra The Incredible Tide de Alexander Key (1904 – 1979). 

O livro, publicado em 1970, trata-se de uma ficção científica pós-apocalíptica. The Incredible Tide conta a história de Conan, um garoto que vive sozinho em uma pequena ilha na Terra devastada pela Terceira Guerra Mundial. O mundo foi tirado do eixo e os continentes afundaram no oceano, restando apenas pequenas ilhotas. Conan é resgatado, mas descobre que a nova sociedade é muito diferente do mundo que ele conhecia antes.

Alexander Key foi um escritor americano de ficção científica, com a maior parte de seus livros voltados para o público juvenil.

Anne of Green Gables (1979)

Dirigida por Isao Takahata, Anne of Green Gables é mais uma série da era pré-ghibli. A história foi baseada em um romance de mesmo nome da escritora canadense L. M. Montgomery (1874 – 1942), publicado em 1908. Foi escrito como ficção para leitores de todas as idades, mas nas últimas décadas tem sido considerado principalmente um livro infantil, ambientado no fim do século XIX.

No Brasil, a primeira edição do livro saiu com o nome Anne Shirley, lançada em 1939 pela Companhia Editora Nacional. Em 2009, foi lançado pela editora Martins Fontes com o título Anne de Green Gables, nome que se manteve em suas edições posteriores.

Desde sua publicação, Anne of Green Gables já vendeu mais de cinquenta milhões de cópias e foi traduzido para 20 idiomas.

Sherlock Hound (1984)

Sherlock Hound é uma série de TV animada ítalo-japonesa produzida pela RAI (Itália) e Tokyo Movie Shinsha (Japão), baseada nos livros sobre Sherlock Holmes. Contudo, nesta série dirigida por Hayao Miyazaki, quase todos os personagens são retratados como cães antropomórficos. 

Sherlock Holmes é um fictício detetive particular criado pelo escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle (1859 – 1930). Holmes é conhecido por sua proficiência em observação, dedução, ciência forense e raciocínio lógico que se aproxima do fantástico, que ele emprega ao investigar casos para uma ampla variedade de clientes, incluindo Scotland Yard.

A primeira aparição de Sherlock Holmes foi no romance A Study in Scarlet, de 1887.

Outras referências

Além desses citados, outras obras literárias inspiraram detalhes de alguns outros trabalhos do Studio Ghibli, porém não inteiramente o seu roteiro. São elas: As Viagens de Gulliver (1726) de Jonathan Swift – que inspirou Laputa, a ilha flutuante de O Castelo no Céu. A Pequena Sereia (1837) de Hans Christian Andersen, que inspirou de forma abstrata a personagem Ponyo. Cuore, romance de Edmondo De Amicis, baseou vagamente por meio de uma pequena parte a história da série Marco (como ficou conhecida no Brasil), dirigida por Isao Takahata em 1976. O mangaká japonês Shigeru Sugiura (1908 – 2000), conhecido por seu estilo surreal e nonsense, inspirou o traço de uma das formas dos tanukis que aparecem no filme Pom Poko, de 1994, dirigido por Isao Takahata.

Essa lista gigantesca traz todas as referências que conseguimos reunir. Você conhecia todas elas? Já leu alguma dessas obras? Compartilhe com a gente em nossas redes sociais!