A animação de 2008, “Ponyo, uma Amizade que Veio do Mar”, foi lançada no Brasil em 2010 e chega agora nos cinemas chineses 12 anos após seu lançamento original
Imagem parcial do pôster de divulgação de Ponyo na China
Matéria original por Rebecca Davis para o Yahoo.
O público chinês finalmente pode assistir à animação de 2008 de Hayao Miyazaki, “Ponyo“, que foi lançada nas salas de cinema no último 31 de dezembro, 12 anos após seu lançamento original.
Embora as obras de Miyazaki e a animação japonesa de forma mais ampla sejam bem conhecidas e amadas na China, muitos títulos clássicos nunca foram lançados nos cinemas no país. “Ponyo” será o terceiro clássico do Studio Ghibli a chegar às telonas chinesas nos últimos dois anos.
Em 2019, a animação de Miyazaki de 2001 “A Viagem de Chihiro” arrecadou 69 milhões de dólares no que é hoje o maior mercado cinematográfico do mundo, enquanto em 2018, o título de 1998 “Meu Amigo Totoro” arrecadou 25,8 milhões de dólares.
Pôsteres de divulgação do filme Ponyo na China
Na época de seu lançamento original, “Ponyo” arrecadou 15 milhões de dólares na América do Norte e 202 milhões em todo o mundo, com 165 milhões vindo somente do Japão. Apesar da ausência da China continental, arrecadou 1 milhão de dólares em Taiwan e 3 milhões em Hong Kong em 2009.
O longa de animação conta a história de um garotinho que desenvolve uma relação com a peixinho dourado Ponyo, que se apaixona por ele e busca se tornar humano.
Para promover o antigo título, Miyazaki usou a plataforma de mídia social chinesa Weibo, semelhante ao Twitter, para postar uma nota manuscrita com uma mensagem em chinês para os leitores locais e junto de um pequeno desenho. Em caracteres chineses, alguns dos quais aparecem escritos em japonês como kanji, Miyazaki escreveu: “Se Ponyo puder trazer alegria, isso seria ótimo.” A animação ainda ganhou pôsteres chineses criados especialmente para a divulgação nacional do filme.
A China viu um aumento acentuado nas importações de filmes de animação japoneses nos últimos dois anos. Essa é uma grande mudança em relação aos anos anteriores, quando nada era permitido devido a tensões políticas entre os dois países.
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Amanda
Editora-chefe e a responsável pela Studio Ghibli Brasil. Faz a curadoria dos temas que são divulgados tanto aqui quanto nas redes sociais, escrevendo também as matérias para o site.
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